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sábado, 24 de novembro de 2012

Brasil quer emplacar o peixe pirarucu como o ‘bacalhau da Amazônia’


Espécie nativa do bioma pode pesar até 250 kg e medir cerca de 3 metros.Projeto gera renda para famílias ribeirinhas do Amazonas.

 O “gigante” dos rios amazônicos, com mais de três metros de comprimento e até 250 kg, quer ganhar fama nas mesas brasileiras e, no futuro, competir com os "parentes" nórdicos pelo título de melhor bacalhau do mundo.
Essa é a intenção de um projeto realizado no Amazonas que tem a pesca do peixe pirarucu (Arapaima gigas) como principal gerador de renda para ribeirinhos do Baixo Rio Solimões.
A carne do peixe é destinada à produção de bacalhau, resultante de um processo de beneficiamento, que poderá ser utilizado em pratos tradicionais que têm o pescado como ingrediente principal.
O gosto é parecido com o bacalhau comum, normalmente importado da Noruega, de acordo com o chef gastronômico Felipe Schaedler, que trabalha com a carne do pirarucu em um restaurante de Manaus. Ele disse ser possível substituir o pescado "estrangeiro" pelo brasileiro
“Todas as receitas tradicionais podem ser feitas com o pirarucu”, disse Schaedler, que já criou em parceria com outro chef ao menos oito pratos com o bacalhau da Amazônia.
Pescador captura exemplar de pirarucu em lago da Amazônia. Espécie pode pesar até 250 kg e medir três metros (Foto: Divulgação/Jimmy Christian)Pescador captura exemplar de pirarucu em lago da Amazônia. Espécie pode pesar até 250 kg e medir três metros 
Consumo sustentável
Esta realidade só foi possível devido à implantação da primeira indústria de salga de pescados no interior da floresta, em Maraã, a 635 quilômetros de Manaus (AM). A fábrica, a primeira da América do Sul, de acordo com o governo do Amazonas, vai permitir uma produção em massa do "bacalhau da Amazônia" e sua comercialização para outras regiões do país.
Da primeira safra de pirarucus destinados à obtenção do bacalhau (60 toneladas), o Grupo Pão de Açúcar adquiriu cinco toneladas que serão vendidas a partir deste mês nas lojas dos supermercados Pão de Açúcar das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.
O preço do quilo ficará entre R$ 35 e R$ 39, um valor competitivo se comparado ao bacalhau do Porto, por exemplo, que, em período de promoção, a mesma pesagem custa R$ 34,90.
É o primeiro passo para difundir o produto pelo resto do país, de acordo com Hugo Bethlem, vice-presidente executivo de Relações Corporativas do grupo, que também abrange as redes Extra e Assaí. Segundo ele, se o pescado “cair nas graças do consumidor", certamente haverá mais pedidos de compra.
“Esperamos que, com o tempo e a continuidade do manejo sustentável, consigamos elevar a venda deste pescado. Pode demorar um pouco, mas já demos o primeiro passo”, disse ele.
O grupo, segundo Bethlem, importa anualmente 5 mil toneladas de bacalhau, provenientes principalmente da Noruega e a rede é a terceira maior compradora de bacalhau do mundo.
O pescador Luiz Gonzaga segura embalagem com postas de bacalhau do pirarucu, o "bacalhau da Amazônia" (Foto: Eduardo Carvalho/G1)O pescador Luiz Gonzaga segura embalagem com postas de bacalhau do pirarucu, o "bacalhau da Amazônia" 
Sem impacto ambiental
De acordo com Eron Bezerra, secretário de Produção Rural do Amazonas, uma nova unidade da indústria de salga deve ser inaugurada ainda este ano em Fonte Boa, a 680 quilômetros da capital amazonense.
As duas unidades vão empregar diretamente 150 pessoas e gerar outros 5 mil empregos indiretos, principalmente na pesca.  Os empreendimentos tiveram investimento de R$ 4 milhões – divididos entre os governos estadual e federal, por meio da Financiadora de Projetos e Estudos (Finep), e pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).
"Queremos concorrer com o bacalhau que vem da Noruega. Apesar da pesca ser controlada, temos muitos lagos dentro da Reserva Mamirauá e fora dela onde a pesca planejada poderá ser realizada. Queremos um nicho de mercado sustentável", disse.
Segundo recomendações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), a pesca do pirarucu pode ocorrer apenas entre outubro e novembro, e em locais onde há atividades de manejo regulamentadas.
A primeira safra voltada para a produção de bacalhau ocorreu no ano passado e contou com 2.700 peixes que foram retirados de 37 lagos da Reserva Mamirauá.
“Esses peixes, encaminhados para a indústria, geraram uma renda de R$ 830 mil, valor que foi dividido por 530 pescadores. Isso ajuda a melhorar nossa condição de vida. Antes, o que pescávamos era apenas para alimentar minha família, meus filhos. Agora a gente consegue investir em uma casa melhor, em um novo motor para os barcos”, disse Luiz Gonzaga Medeiros de Matos, 47 anos, líder da colônia de pescadores de Maraã.
De acordo com Virgílio Viana, superintendente da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), é uma oportunidade de difundir o consumo consciente.
Canapé com farofa de Uarini, pirarucu desfiado e pacovan na escama do peixe. Bacalhau do pescado amazônico pode ser empregado em pratos tradicionais. (Foto: Eduardo Carvalho/G1)Canapê com farofa de Uarini, pirarucu desfiado e pacovan na escama do peixe. Bacalhau do pescado amazônico pode ser empregado em pratos tradicionais. 

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Turismo na selva amazônica

Hotéis de selva
Na amazônia uma coisa que não pode faltar em seu roteiro é uma visita a um hotel de selva. Situados no meio da floresta, oferecem um serviço bastante aconchegante. Os melhores oferecem suítes com ar condicionado. A aventura não tem comparação. Você pode dormir em um quarto feito de legítimas madeiras amazônicas escutando o som dos pássaros e macacos noturnos. Considerado uma forma correta de explorar os recursos da região, o turismo ecológico vem firmando como a melhor alternativa para a Amazônia. No Hotel Ariaú Jungle Towers, o mais famoso e luxuoso de todos, grandes personalidades já puderam desfrutar do encontro com o encanto regional: Hemut Kohl, Bill Gates e Harrison Ford ja se foram hóspedes. Nestes hotéis é possível alimentar animais selvagens na própria mão: quatis, macacos e araras vêm banquetar com os turistas. Há opções de caminhada na selva e focagem de jacarés a noite.

Hotel Ariaú Towers
O Ariaú Amazon Towers foi inaugurado em 1987, esta localizado à 60km de Manaus/AM. É acessível ir por barco regional (2 horas), helicóptero (15 minutos), e lancha rápida ( 50 minutos). Acomodações: 271 apartamentos e suítes com varanda e banheiro privativo, construidos ao nível da copa das árvores. Possui ainda três piscinas no nível da copa das árvores e duas torres de observação de 41 metros de altura.
Maiores informações: 

www.ariautowers.com.br 

Hotel Jungle Palace 
Situado a 35 km de Manaus, Am e construído sobre uma balsa de aço, oferece conforto, higiene, segurança e lazer em perfeita harmonia com a natureza, dentro de um projeto ecologicamente planejado e autônomo (água mineral, energia própria, estação de tratamento de esgoto). Especialmente concebido para aqueles que durante os intervalos das excursões sentem a necessidade de relaxar em um ambiente confortável: suítes com ar-condicionado, tv em cores, banheiros privativos com ducha quente/fria, cofres individuais, guarda-roupas, mini-bar, comunicação interna e varanda panorâmica, onde você poderá arriscar uma pesca esportiva. Mirante com cenário majestoso do Rio Negro e floresta.
Maiores informações: www.junglepalace.com.br 



  Hotel Guanavenas 
Cercado por lagos, igarapés e floresta o Guanavenas possui 70 (setenta) apartamentos triplos, todos com o mesmo nível de conforto: todos eles possuem um amplo espaço interno, ar-condicionado e banheiro privativo com ducha elétrica. O hotel também possui um restaurante que oferece comida regional (self-service), além de 02 (duas) piscinas de natação, sala de jogos, campo de recreações, uma torre de de observações com 30 (trinta) metros de altura e cabine telefônica (chamadas locais e internacionais).
Maiores informações: www.guanavenas.com.br 


Obs.: Todas as informações aqui contidas sobre os hotéis foram fornecidas pelos mesmos através de seus respectivos sites. 

Tucunaré
Ariaú Towers

Praias na Amazônia 
Praia da Ponta Negra (Manaus, AM) - É a mais famosa praia do Amazonas, recebe diariamente milhares de pessoas que vão para se divertir nas apresentações noturnas, ao ritmo do boi-bumbá, ritmo típico da região. É uma praia que se pode dizer urbana, que encanta mais pela tradição do lugar. Bastante segura, sofreu um profundo projeto de modernização e hoje é um dos lugares mais nobres de Manaus e um dos mais caros do Brasil. Novos edifícios surgem a cada dia e tornam-se vizinhos do já tradicional Tropical Hotel, também de frente para o Rio Negro. O entardecer na Ponta Negra é inesquecível.

Praia de Alter do Chão (Santarém, PA) - Banhada pelo Rio Tapajós, Alter do Chão é o endereço certo para quem procura diversão com tranquilidade. Diversas ilhas se formam, ideais para momentos de repouso sob o Sol aconchegante da Vila. O acesso ao santuário de Alter do Chão faz-se por via rodoviária, marítima e aérea.

Praia da Ponta Negra
Salinas, Pará

Salinas - As inesquecíveis praias de Salinas, a 210 Km de Belém, têm areia branca e fina, águas mornas e esverdeadas. Salinas dispõe de uma boa infraestrutura, com hotéis e transporte rodoviário confortável e com regularidade. A praia se extende por quase 20 Km, dos quais alguns trechos são pouco movimentados, dando a impressão de uma ilha deserta. Salinas é uma festa nos finais de semana e principalmente no mês de julho, quando fica repleta de gente bonita, dourada pelo verão tropical, esportes e pela alegria das férias. Salinas é um desses lugares de onde não se quer ir embora, cheio de programas diferentes e inesquecíveis... 

Pesca esportiva 
Milhares de espécies de peixes habitam os rios da Amazônia. Com toda sua exuberante biodiversidade , a Bacia Amazônica é rota obrigatória para os amantes da pesca esportiva. É um lugar único, onde se pode encontrar rios e lagos limpos e preservados, em meio à sua incontestável beleza selvagem.
É importante lembrar que a pesca esportiva é uma atividade ecologicamente correta e proporciona momentos de prazer ímpares aos seus praticantes, cada dia mais preocupados com a manutenção do meio ambiente e da preservação das espécies dos peixes, já que sem eles o esporte não pode ser praticado.
Veja a seguir algumas das espécies mais cobiçadas dos rios da Amazônia:

Tucunaré 
Cichla monoculus
Predador por excelência, o Tucunaré é considerado símbolo da pesca esportiva no Brasil. Sua voracidade é tamanha que ele é capaz de atacar anzóis mesmo sem isca. Os índios já o pescavam com iscas artificiais antes mesmo da modalidade ser praticada pelos pescadores esportivos. Vários tipos de Tucunaré freqüentam os rios da Amazônia, os mais conhecidos são chamados de Açu, Paca, Pitanga, e Borboleta, tem como características em comum a pele amarelada e um circulo no rabo semelhante a um olho. Atingem cerca de 1,20 mts de comprimento e até 15 a 16Kg. Seguramente, o Tucunaré proporciona uma das mais emocionantes brigas na pesca esportiva
Habitat: Durante a época da seca, habitam principalmente as lagoas marginais, partindo para a mata inundada (igapó) durante as cheias. Nas lagoas, durante o início da manhã e final do dia, quando a água já está mais fria, se alimentam próximo às margens. Quando a água esquenta, passam para o centro das lagoas; na ausência de lagos, o Tucunaré abriga-se em remansos, pois não são apreciadores de águas de forte correnteza

Jaú 
Paulicea lutkeni
Peixe teleóstico, siluriforme, pimelodídeo, das bacias do Amazonas e Paraná. Com coloração parda, manchas escuras e abdome branco, os jovens exemplares são chamados de Jaupocas - amarelados e com manchas violáceas.É um dos maiores peixes brasileiros, com sua força, chega à virar a canoa dos pescadores
Habitat: Canal de rios, poços de corredeiras .

Piraíba 
Brachyplathystoma filamentosum
Peixe de couro de água doce da família dos pimelodídeos. Alcançando grandes dimensões, apresenta cor bronzeada com ventre um pouco mais claro ; possui longos barbilhões e cabeça achatada. Quando filhotes sua carne é muito apreciada, assemelhando-se depois de salgada, à do pirarucu. Dele também se extrai a cola de peixe. O Peixe Mãe, como é chamado em tupi guaran, é considerado o maior peixe de águas interiores do Brasil, seu peso pode ultrapassar os 300 kg e seu tamanho gira em torno de 2 metros. Até os 60 quilos é chamado nativamente de filhote, quando ultrapassa este peso recebe o nome definitivo de Piraíba
Habitat: Encontrada nos rios da Amazônia. Seu local preferido são as calhas dos grandes rios. Procura sempre águas profundas .

Cavernas na Amazônia 
Maroaga

Gruta do Maroaga
Rapel na entrada da gruta
A gruta do Maroaga, em Presidente Figueiredo é ponto de visitação diária de turistas que vêm ao Amazonas. Localizada na rodovia que leva à Vila de Balbina, é preciso ainda caminhar um bom tempo por uma trilha na mata até chegar a boca da gruta.
A entrada da caverna tem mais de 30 metros de altura e um filete de água cristalina escorre filtrado pelos sedimentos e pelas raízes da vegetação.
Algumas pessoas dizem já ter cruzado Maroaga de um lado ao outro, mas as estreitas e inúmeras passagens deixam uma dúvida no ar.
O lugar é também preferido pelos amantes do rapel que descem pendurados em cordas do ponto mais alto até tocarem o solo. Maroaga é refúgio de animais como morcegos, répteis e muitos insetos bastante diferentes. É possível também que algumas onças ainda busquem o local como refúgio.
O lugar é bastante saudável e adequado para uma boa caminhada. Vale conhecer.

Iracema 
Na mesma área onde situa-se a cachoeira de Iracema, à margem esquerda da BR-174, kM- 115. Para chegar até a gruta é preciso caminhar 4 Km em um ramal no interior da Fazenda Iracema.

Como chegar: 

De Manaus, capital do Amazonas, até Figueiredo são praticamente 100 Km. A BR 174 que liga os dois municípios está em boas condições e em Figueiredo é possível hospedar-se com conforto sem pagar caro.

Formações montanhosas

Monte Roraima - Os tepuis, como são conheconhecidas as formações constituídas por rocha sedimentar composta por areia solidificada. Situam-se no município de Roraima, na fronteira do Brasil.
O Monte Roraima, com 2875m de altura, tornou-se famoso após a visita do inglês Sir Walter Raleigh que, em 1595, em busca de tesouros, embrenhou-se pelas Antilhas e atravessou a floresta na região da Guiana. Somente em 1884, o botânico inglês Everard Im Thurn alcançou o seu topo, façanha publicada na National Geografic. Inspirado pelo ar selvagem do lugar, o escritor Arthur Conan Doyle escreveu o livro "O Mundo Perdido", em 1912.
Formações de quartzo surgem por toda parte sobre o Monte Roraima. Em fevereiro de 1990 os tepuis venezuelanos foram declarados Monumentos Naturais, abrigando espécies de flores e plantas nunca encontradas em qualquer outra parte do planeta. Para as comunidades indígenas os tepuis têm um significado mais profundo, considerados como mundos habitados por espíritos.

Tepuis
Escalada ao Monte Roraima
Como chegar: 
O acesso é através de Boa Vista, capital de Roraima, pela BR-174, percorrendo-se 213 Km até o Posto Integrado de Controle do Parque em Pacaraíma. Deste ponto até Santa Elena de Uairen (Venezuela) por estrada asfaltada. A partir da Venezuela tem-se duas alternativas para se chegar ao Monte Roraima: por helicóptero (30 a 40 minutos de vôo) ou de carro até Paraitepuy (aproximadamente 2 horas), e a partir daí caminha-se cerca de 22 Km (2 dias) até a base do Morro e mais 12 horas até o seu cume. A cidade mais próxima é Vila Água Fria/RR que fica a uma distância de 334 Km da capital. Importante: a entrada de pessoas não autorizadas no Parque Nacional do Monte Roraima não é permitida. É necessário requerer autorização junto ao Ibama.

Pedra Pintada - Localizada no município de Pacaraima, com acesso pela BR-174, a Pedra Pintada fica a 125 Km da cidade de Boa Vista, mais precisamente na Área Indígena de São Marcos. Com altura de 40 metros e diâmetro de aproximadamente 60 metros, a Pedra Pintada foi abrigo de civilizações há muito desaparecidas. Na caverna existente em sua base, várias pinturas que representam cenas do cotidiano podem ser vistas nas paredes. Próximo à pedra existem ainda outras formações: Pedra do Pereira, Pedra do Peixe, Pedra do Perdiz, Pedra do Machado e Pedra da Diamantina que, juntas, formam o Sítio Arqueológico da Pedra Pintada, bastante visitado por turistas.

Pedra Pintada, Roraima
Índios Ianomâmi
Pico da Neblina - É o ponto mais alto do Brasil, com 3014 metros. Situa-se no parque Nacional do Pico da Neblina, no município de São Gabriel da cachoeira, Estado do Amazonas, e possui uma área de aproximadamente 2.200.000 ha. Atualmente os transportes fluvial e aéreo são as opções para se chegar até o Parque. O acesso fluvial é feito através do igarapé Itamirim e dos rios Cauaburi e Sá. A cidade mais próxima à unidade é São Gabriel da Cachoeira que fica a 900 Km de distância da capital, Manaus.

Festa do Boi Manaus


Manaustur anuncia detalhes da edição 2012 da festa do Boi Manaus

Evento vai celebrar os 343 anos da capital amazonense.
Artistas como David Assayag e Zezinho Correa estão confirmados.

Festa do Boi Manaus acontece entre 19 e 21 de outubro (Foto: Divulgação/Semcom)Boi Manaus acontece entre 19 e 21 de outubro
Os primeiros detalhes do Boi Manauscomeçaram a ser decididos em uma reunião na Fundação Municipal de Turismo e Eventos (Manaustur) na segunda (17). O evento está programado para acontecer entre os dias 19 e 21 de outubro no Sambódromo, na Zona Centro-Oeste de Manaus e vai comemorar os 343 anos da capital amazonense.
Segundo a diretora de eventos da Manaustur, o Boi Manaus será lançado oficialmente no dia 8 de outubro e a Feirinha do Tururi no dia seguinte. Nomes famosos do boi bumbá, como David Assayag, Zezinho Correa e Carlos Batata, já estão confirmados para o evento.
Os Tururis poderão ser adquiridos a partir do dia 9 de outubro na Feira do Tururi, que será na rua Belmiro Vianez, mais conhecida como Alameda do Samba. A feira, que antecede o grande evento, terminará no dia 18 de outubro. Ainda não foi divulgado o preço dos Tururis, os artistas ainda se reunirão para decidir o valor.
David Assayag agitou a galera ao som de 'Viva a Cultura Popular!' (Foto: Frank Cunha/G1 AM)David Assayag é um dos nomes confirmados para o Boi Manaus 2012 

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Cidade no Amazonas com quase 100 cachoeiras atrai turistas


Presidente Figueiredo fica em uma região privilegiada da Floresta Amazônica, cercada de aventura e sossego. Para conhecer as cachoeiras, há opção de trilhas com diferentes níveis de dificuldade.


Em nenhum outro lugar da Amazônia há tantas cachoeiras juntas quanto em Presidente Figueiredo, no Amazonas. São quase cem, distribuídas em 24 mil quilômetros quadrados, em um pedaço privilegiado, na transição entre a Planície Amazônica e o Planalto das Guianas.
Para chegar à Terra das Cachoeiras, como a cidade é conhecida, a partir de Manaus, são 103 quilômetros pela BR 174. A região é cercada de aventura e também de sossego.
Os turistas contam com 15 hotéis e pousadas, com diárias de R$ 70 a R$ 150, o casal. O tambaqui assado na brasa com farinha é o prato principal na maioria dos restaurantes.
Para fazer as trilhas na região, o ideal é contratar um guia, que pode mostrar o passeio ideal para cada grupo. Há trilhas mais largas e pouco acidentadas, opção para idosos e crianças.
Cada cachoeira da região tem um cenário diferente do outro. A Cachoeira Pedra Furada, por exemplo, tem uma das quedas de água mais inusitadas, uma verdadeira escultura da natureza, onde a água realmente atravessa a pedra por um buraco.
Na Cachoeira da Onça, a água que passa entre pedras de arenito convidam os turistas a relaxar. "O contato com a natureza, com a água e com a terra faz muito bem pra gente", diz a turista
Sergiane Souza.
Além da contemplação e do descanso, o turismo de aventura cresce a cada ano na região. Para chegar às corredeiras do Urubuí é preciso andar 20 minutos pela Fazenda Santa Marta. Quem escolhe fazer o rafting, encara três quilômetros de corredeiras, pequenas quedas e trechos a remo.
Para iniciantes, a melhor época para praticar o rafting é em agosto, porque os rios estão secando. As descidas param entre setembro e dezembro, quando o volume de água diminui muito, e só recomeçam em janeiro.

Passeio fluvial une natureza e folclore no Pará

 Foto: Roberto Meira
Agência de turismo promove excursão Furos e Igarapés a bordo do barco Tribo dos Kayapós, em Belém, no Pará.

Um passeio para ficar na memória. Este é a proposta de uma agência de turismo de Belém, no Pará, que promove a excursão Furos e Igarapés a bordo do barco Tribo dos Kayapós, que mantém o estilo das embarcações utilizadas pelos nativos da região. 

O passeio, que tem duração de três horas, é realizado apenas duas vezes ao dia, às segundas, quartas e sextas-feiras. O ponto de encontro é em um dos locais mais conhecidos do município: a Estação das Docas - um complexo turístico e cultural que congrega os polos gastronômico, cultural, e de moda, nos 500 m de orla fluvial do antigo porto de Belém. As pessoas que se dispõem a fazer a excursão estão prestes a embarcar em uma grande aventura. Ao entrarem, o barco segue pelo rio Guamá em direção às ilhas Cumbu e Satélite, passando pelo Furo da Paciência – canal que dá acesso ao rio Acará. 
Durante a parada principal, no povoado de Boa Vista do Acará, um guia orienta os passageiros em uma caminhada, em área reservada, dentro da Floresta Amazônica. Além de conhecerem um pouco da fauna e flora local, os turistas também podem experimentar as famosas castanhas, que são apanhadas na hora.  
A diversão continua no caminho de volta, quando são convidados a assistirem a um show folclórico com músicas de ritmos paraenses, como o carimbó, característico da zona do Salgado, famosa por reunir praias paradisíacas, e lundu, criado a partir da mistura dos batuques de tambores e de ritmos portugueses. 
Tudo regado a bebidas e comidas típicas vendidas dentro da embarcação. A empresa que promove o passeio ainda disponibiliza CD de músicas da região e DVD com imagens dos pontos turísticos de Belém. Eles custam R$ 15 e R$ 20 respectivamente. Já o passeio custa R$ 140.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Google Street View estréia na floresta amazônica


Google Maps ganhou uma nova série de imagens, dessa vez na ferramenta Google Street View . A ferramenta, conhecida por mostrar a visão de ruas em cidades ao redor do mundo, foi atualizada com fotos não de ruas, mas sim de rios dessa vez: a área mostrada é a floresta amazônica.
Google Street View nos rios da Amazônia (Foto: Reprodução/Google Street View)Google Street View nos rios da Amazônia (Foto: Reprodução/Google Street View)
Dentre as áreas mapeadas estão parte do Rio Negro, das Comunidade Timbira, Santa Helena e Saracá e diversas partes da floresta amazonica.
O Google diz que nessa primeira leva de imagens, 50 mil fotos ao todo estão sendo mostradas no Street View. Por causa do nível de detalhes, o Google diz que as imagens devem ajudar pesquisadores e cientistas a entender melhor como é a Amazônia sem precisar estarem no país.
Para ver alguns dos destaques das áreas exibidas no Street View, confira essa galeria montada pelo Google.
A captura de imagens começou em agosto do ano passado, mas apenas essa semana que o Google terminou de tratá-las e enviá-las para o site. O vídeo abaixo mostra alguns detalhes de como essa captura foi feita, que contou com a ajuda do FAS (Fundação Amazonas Sustentável).

sexta-feira, 1 de junho de 2012

AMAZÔNIA - 25 curiosidades sobre a maior floresta do mundo



  1. Antes de ser batizado de Rio Amazonas, o maior rio brasileiro era chamado pelos indígenas de Rio Icamiabas. O detalhe é que Icamiabas designava as mulheres que viviam sem homens, como as míticas amazonas. 
  2. O Rio Amazonas despeja no Oceano Atlântico num único dia mais água do quo o Rio Tâmisa em um ano. Um dos afluentes do Amazonas, o Rio Negro possui mais água do que toda a água doce da Europa.
  3. Só para se ter uma idéia quantidade de água doce despejada no Atlântico pelo Amazonas: a salinidade do mar é mais baixa do que o normal até 150 Km mar adentro.
  4. Imagens de satélites mostram o crescimento do litoral da Guiana Francesa e do estado do Amapá, no Brasil. A explicação está na quantidade de sedimentos despejados no Oceano Atlântico pelo Rio Amazonas. 
  5. Os rios escuros como o Rio Negro são mais bonitos, mas possuem uma água mais ácida e pobre em nutrientes. Por isso, apenas 5% dos peixes comercializados em Manaus vêm do Rio Negro.
  6. Nas cheias, o Rio Amazonas podem medir 50 Km de uma margem a outra. 
  7. Ao contrário do que se propaga por aí, o Rio Amazonas é o mais extenso do mundo, não o Nilo. O Amazonas supera o Nilo em 140 Km. 
  8. Entre os afluentes do Amazonas estão alguns rios bem conhecidos dos brasileiros, entre os quais o Negro, o Purus, o Madeira, o Tapajós, o Xingu, o Javari, o Solimões e o Jari.
  9. A primeira expedição que subiu o Rio Amazona foi empreendida pelo português Pedro Teixeira, um dos fundadores de Belém do Pará. 
  10. É possível encontrar tubarões e outros peixes do mar no Rio Amazonas. Tubarões já foram vistos 400 Km rio acima. 
  11. A Ilha de Marajó não é uma ilha, mas um arquipélago com cerca de 2 mil ilhas. A área de Marajó é maior do que a Suiça. 
  12. O maior arquipélago fluvial do mundo é de Mamirauá, no leito do Rio Negro. Acredite se quiser, mas Mamirauá é formado por mais de 700 ilhas. 
  13. O segundo arquipélago de água doce do mundo fica no Amazonas e se chama Anavilhanas. Localizado no estado do Amazonas, o Arquipélago de Anavilhanas é formado por cerca de 400 ilhas. 
  14. O maior peixe de água doce do mundo é o Pirarucu, uma espécie típica do Amazonas. Um pirarucu é capaz de atingir até 2,5 metros de comprimento e pesar 250 quilos.
  15. Embora possua 60% de sua cobertura em terras brasileiras, a floresta amazônia se estende por vários países sul-americanos: Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Suriname, Guiana, Guiana Francesa e Equador. 
  16. Das 483 espécies de mamíferos brasileiros, 324 vivem na Amazônia. Para se ter uma idéia, das 141 espécies de morcegos, 125 voam na região. A Amazônia também possui um terço dos insetos da Terra. 
  17. Com cerca de 1.622 espécies, a Amazônia abriga metade das aves conhecidas do mundo. 
  18. Existem na Amazônia 468 espécies de répteis e 517 de anfíbios.
  19. A maior parte dos animais da Amazônia pertencem a espécies que habitam a copa das árvores. 
  20. O menor primata do mundo, o sagui-leãozinho, é nativo da Amazônia. Ele tem 15 cm e pesa apenas 130 gramas.
  21. Dois em cada três índios brasileiros vivem nas reservas indígenas da região amazônica.
  22. Ainda existem tribos indígenas isoladas na região amazônica. Embora cada vez mais raras, algumas nunca tiveram contato com o homem branco. 
  23. Criado em 1986, o Parque Nacional do Jaú é o terceiro maior parque de floresta tropical do planeta. Só para se ter uma idéias das suas dimensões, o Jaú ocupa uma área maior do que a do estado de Sergipe (22.720 Km2).
  24. A cidade de Manaus, capital do estado do Amazonas, recebeu esse nome em homenagem à nação indígena dos Manaós.
  25. Belém é conhecida como a cidade das mangueiras. A quantidade de mangueiras impressiona quem vem de fora. Interessante é que a maior parte dos automóveis da capital do Pará tem ou teve a lataria amassada por alguma manga que despencou da sua árvore.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Floresta amazônica pode ser reduzida à metade até 2050, diz pesquisador



Previsão considera desmatamento, queimadas e emissão de gases-estufa. Se 50% da mata for destruida, podem surgir savanas tropicais. A combinação de queimadas, desmatamento e emissão de gases causadores do efeito estufa pode reduzir a Amazônia a 50% de seu tamanho original até 2050, ou a 20% até 2025. Esta é uma das conclusões do estudo desenvolvido pelo pesquisador Gilvan Sampaio, do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe), que deve ser publicado ainda neste semestre 
na revista científica PNAS.


Foto: Rodrigo Baleia/Greenpeace

A pesquisa analisa os impactos ambientais decorrentes das mudanças climáticas na vegetação da América do Sul. E a Amazônia possui papel central nessa discussão, porque deve ser um dos principais biomas a sentir os efeitos do aquecimento global. Sujeita a diferentes forças ambientais, como as queimadas e o uso de terra para agricultura, a vegetação da Amazônia ajuda a manter o equilíbrio climatológico em todo o mundo. A ação do homem pode acelerar o processo de mudança na vegetação da Amazônia, de acordo com Sampaio. "Se a floresta amazônica continuar a diminuir, as regiões Sul e Sudeste do Brasil deverão receber menos umidade. Se diminuem as áreas de preservação ambiental, as terras ficam mais vulneráveis às queimadas. Territórios secos ficam mais secos ainda", diz o pesquisador. Segundo a pesquisa, o efeito da redução da floresta torna-se mais evidente quando mais de 40% do bioma já estiver desmatado. Os principais impactos do desmatamento no clima da Amazônia ocorreriam nas áreas central e leste da floresta.O estudo estima que as piores consequências seriam na porção leste, em que existe tendência maior de desmatamento neste século. As mudanças no clima da região incluem aumento da temperatura do ar e diminuição na ocorrência de chuvas. O estudo também mostra que a floresta amazônica poderia ser substituída aos poucos por savanas tropicais, o que ocorreria após o desmatamento ser superior a 50%, quando acelera a relação entre desmatamento e desertificação do solo. Essa condição teria reflexos em outros biomas, favorecendo a transformação da caatinga do nordeste em deserto. 


Marcas gigantes no solo da Amazônia intrigam cientistas


Elas passaram séculos escondidas pela floresta. Agora, com o desmatamento para a criação de gado, estão aparecendo cada vez mais. Os geoglifos são formas perfeitas escavadas no solo, espalhadas pelo extremo oeste da Amazônia.
  
Visite o site do Fantástico


Serão vestígios de uma sociedade desconhecida? Ou restos do lendário reino de Eldorado, com que tantos exploradores sonharam? 

Segundo o paleontólogo Alceu Ranzi, da Universidade Federal do Acre, os geoglifos formavam um grande sistema que se estendia por centenas de quilômetros nessa região da Amazônia. Ranzi fazia parte da equipe que descobriu os desenhos, em 1977. Mas foi só nos últimos tempos que o número de achados disparou, graças a fotos de satélite disponíveis na internet. Já são quase 300 geoglifos - de alguns, os pesquisadores nunca chegaram perto.



Apesar do nome, Boca do Acre fica no Amazonas. É para lá que foi a equipe de reportagem do Fantástico, para ver de perto alguns geoglifos que até então só haviam sido observados pelo pesquisadores por imagens de satélite. Em pouco tempo de voo é possível ver as formas - algumas bem nítidas, outras parcialmente encobertas pela mata. “Normalmente são quadrados e círculos. Temos octógonos também, hexágonos...”, cita Ranzi. 

Para Jacob Queiroz, 93 anos, dono de terras onde existem algumas figuras, elas não podem ser simples obras da natureza. 
“Isso aqui foi gente que fez. Trabalho de engenheiro”, comenta.
Revolução

Dentro de um dos canais que forma as figuras, é possível ver que a terra foi escavada e cuidadosamente empilhada do lado de fora. Por isso, chegou-se a pensar que as valas seriam trincheiras da revolução acriana, a revolta do início do século 20 contra a dominação da Bolívia no território. 

Mas a teoria das trincheiras está fora de cogitação. As análises geológicas publicadas mostram que os geoglifos são muito mais antigos: do século 13. 
Outra questão intrigante é como os habitantes daquela época conseguiram fazer isso dentro de uma floresta densa. “Imagino que essa região da Amazônia devia estar passando por um problema climático”, diz Ranzi. Os cientistas têm uma hipótese: na época da construção dos geoglifos, a Amazônia pode ter passado por uma seca muito forte, que transformou a floresta numa imensa savana, parecida com o cerrado brasileiro. 
Falta ainda a principal peça do quebra-cabeça: que tipo de sociedade projetou esses monumentos? Certamente devia ter um certo grau de organização para elaborar esses monumentos. As principais teorias sobre os povos que viviam nesta região antes de o Brasil ser descoberto dizem que esses povos jamais teriam tamanha sofisticação, eram nômades, ou seja, não passavam muito tempo no mesmo lugar. 
Para Jacó Piccoli, antropólogo da Universidade Federal do Acre, é possível que haja uma relação estreita com os antepassados dos índios atuais. “Mas podem ter sido também outras populações que habitaram a região”, pondera. É difícil estabelecer uma origem clara para os geoglifos, porque não se encontram pistas nas tradições dos índios que vivem hoje na região. 
Na falta de respostas, os moradores abraçam o sobrenatural. Seu Jacob conta que, estranhamente, as valas nunca alagam quando chove e que, do chão, sobe uma espécie de zumbido. “Uuuuuu.... que nem uma abelhal”, conta. 
Também não faltam suposições delirantes, como, por exemplo, que os geoglifos seriam marcas deixadas por extraterrestres. 
Quando olham para a imensidão da floresta amazônica preservada, os cientistas ficam imaginando quantos geoglifos, quantos desenhos geométricos estão escondidos debaixo das árvores. Eles estimam que nem 10% deles tenham sido revelados.